Produção na construção em máximos de ano e meio

O índice que conjuga a actividade de construção e de engenharia civil aumentou em Portugal pelo terceiro mês consecutivo, elevando-se a máximos de Agosto de 2015, em contra-ciclo com a União Europeia e a Zona Euro.

A produção no sector da construção em Portugal cresceu em cadeia em Fevereiro pelo terceiro mês consecutivo e reforçou o perfil ascendente, tocando um máximo de Agosto de 2015, em contra-ciclo com o resto da Zona Euro onde Janeiro e Fevereiro foram meses de queda.

Em Fevereiro, a produção na construção em Portugal avançou 2,8% em relação a Janeiro, ficando nos 54,6, o valor mais elevado em mais de ano e meio, revelam dados ajustados a efeitos sazonais e de calendário divulgados pelo Eurostat esta sexta-feira, 17 de Março.

Nos meses anteriores (Janeiro de 2017 e Dezembro de 2016), este indicador já tinha subido 0,4% e 1,1% respectivamente, na evolução mensal. Para o mês de Fevereiro, e entre os dados disponíveis por país, o crescimento de Portugal foi o quarto maior. O maior crescimento reportou-se à Hungria (4,6%, no terceiro mês de subida).

Tanto na Zona Euro como na União Europeia este valor caiu em Fevereiro (-2,3% e -1,5% respectivamente). No caso da UE a quebra interrompeu um ciclo de três subidas mensais consecutivas, enquanto nos países da moeda única a descida intensificou-se em relação à de Janeiro, levando o indicador para mínimos de Agosto de 2015.

Em termos homólogos – relativo ao mesmo mês do ano passado – a produção na construção em Portugal cresceu 3,3%, caindo 6,2% na Zona Euro e 3,3% na Europa a 28.

Os dados de crescimento do segundo mês deste ano para Portugal seguem-se a números de evolução positiva da actividade da construção divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) segundo os quais o número de edifícios licenciados em 2016 no país cresceu pela primeira vez em pelo menos uma década.

“O índice de produção na construção procura aproximar a evolução do volume de produção dentro do sector, dividido entre actividade de construção e engenharia civil,” lê-se no comunicado do Eurostat.

Fonte: jornaldenegocios.pt